Hoje (27) é o Dia Internacional do Urso-Polar

O urso-polar é considerado vunelrável pela IUCN ((União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês). A Ong Polar Bear International organiza o Dia Internacional do Urso-Polar para chamar atenção para as ameaças que a espécie enfrenta – Foto: Claudia Brasileiro/Biofaces

*Por Fábio Paschoal

Hoje (27 de fevereiro) é o Dia Internacional do Urso-Polar (International Polar Bear Day). A data foi criada pela Ong Polar Bear International (Urso Polar Internacional) com o objetivo de chamar a atenção para os desafios enfrentados pelos animais num Ártico cada vez mais quente.

Durante o inverno os ursos-polares esperam pacientemente, próximos aos respiradouros, buracos feitos por focas na superfície do gelo. Quando a foca emerge para pegar fôlego acaba dando seu último suspiro. Mas, o aquecimento global vem afetando esses predadores de forma preocupante.

O aumento na temperatura causa o derretimento acelerado da camada de gelo marítimo, fazendo com que os ursos tenham menos tempo para caçar. Assim, eles são forçados a procurar alimento em outros locais.

O derretimento do gelo marítimo cada vez mais cedo é a principal ameaça aos ursos polares – Foto: John Janzen/Biofaces

Só para se ter uma ideia da influência que as mudanças climáticas exercem sobre esses gigantes: em dezembro de 2018, mais de 50 ursos-polares famintos invadiram um arquipélago russo em busca de comida. Hoje, a espécie é considerada vulnerável pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês) e se tornou o grande símbolo na luta contra o aquecimento global.

Por todas essas razões, a Polar Bear International estimula as pessoas a usar menos energia produzida por combustíveis fósseis para reduzir as emissões de carbono e retardar, e até mesmo impedir, o aquecimento global e salvar o gelo marinho que os ursos-polares necessitam para caçar com eficiência.

Segundo relatório da ONU sobre as mudanças climáticas é preciso reduzir nossas emissões de carbono ou as pessoas terão que enfrentar desastres naturais, desde secas e inundações até grandes tempestades. Ou seja, enfrentar o aquecimento global não é só benéfico para os ursos, mas é essencial para a humanidade.

*Fabio Paschoal é biólogo, jornalista e guia de ecoturismo. Foi editor e repórter de National Geographic Brasil por 5 anos e hoje é produtor de conteúdo da Biofaces e da GreenBond

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