Bons lugares para fotografar vida selvagem: Parque Nacional da Lagoa do Peixe
Não é só de boas câmeras e dicas de fotos que vive o fotógrafo de vida selvagem. Ele também precisa estar no lugar certo, na hora certa. Pensando nisso, nós listamos os maiores e melhores Parques Nacionais para você se conectar à natureza, encontrar os bichos em vida livre e fazer incríveis registros!
Uma vez por mês nós vamos abordar um parque diferente, trazendo opções de todos os cantos do Brasil, para você aproveitar ao máximo a rica biodiversidade brasileira! De acordo com a região onde estão situados, os Parques podem te surpreender com espécies, vegetações, cores, cheiros e paisagens distintas, fazendo de cada espaço um lugar único.
Hoje, a dica vai especialmente para os observadores de aves: Parque Nacional da Lagoa do Peixe, no Rio Grande do Sul!
PARQUE NACIONAL DA LAGOA DO PEIXE
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe está localizado na península da Lagoa dos Patos, no litoral do Rio Grande do Sul. Abrange também os municípios de Tavares, Mostardas e São José do Norte.
Esta Unidade de Conservação tem como objetivo específico a conservação dos recursos naturais voltados para a preservação de aves migratórias da Lagoa do Peixe, por isso torna-se um lugar tão interessante para os observadores de aves.
Em 1991, o Parque foi incluído na Rede Hemisférica de Reservas para Aves Limícolas como Sitio Internacional. Em 1993, foi reconhecido como Sítio Ramsar por sua importância para a conservação de zonas úmidas. Em 1999, foi considerado Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
Características Naturais
O Parque está localizado em uma extensa planície costeira arenosa. Sua paisagem é composta, principalmente, por mata de restinga, banhados, campos de dunas, lagoas de água doce e salobra, assim como praias e área marinha.
A Lagoa do Peixe é rasa, apresentando 60 cm de profundidade, 35 km de comprimento e 2 km de largura. É formada por uma sucessão de pequenas lagoas interligadas e serve como um berçário natural para espécies marinhas, como o camarão-rosa, a tainha e o linguado.
Fauna e flora
Já foram registradas cerca de 182 espécies de aves no Parque, sendo 26 delas migratórias do Hemisfério Norte e 05 do Sul. Do Chile e da Argentina, chegam os flamingos (Phoenicopterus). Do norte vem o maçarico-de-peito-vermelho (Calidris canutus), por exemplo.
O parque ainda possui outras espécies que podem ser fotografadas. Dos mamíferos, o mais fácil de ser encontrado é a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris). Dos répteis, é possível observar uma espécie já ameaçada de extinção: o jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris). Ainda na lista de espécies ameaçadas, você pode encontrar os raros gavião-cinza (Circus cinereus), a gaivota-de-rabo-preto (Larus atlanticus) e sanã-cinza (Porzana spiloptera).
Como chegar
Da rodoviária de Porto Alegre, é possível pegar um ônibus para Tavares/Mostardas. A viagem tem duração de 5 horas.
De carro, você pode seguir pela rodovia estadual RS-040 até entroncamento com RS-776 para Palmares do Sul. Depois, siga até entroncamento com BR-101 para Mostardas e Tavares.
Para chegar na beira da lagoa, não existe transporte público. Por isso, é preciso contratar uma operadora de turismo, pegar um táxi ou fazer o percurso a pé, por meio de duas trilhas (do Talhamar e da Figueira), com mais de 10km cada.
ALGUNS REGISTROS DE BIOFACERS NO PARQUE
Se interessou? Acesse a página do Parque Nacional da Lagoa do Peixe no WikiParques e saiba mais informações! Além do mais, você também pode utilizar o recurso “Navegação por Mapa” do Biofaces, para visualizar os diversos parques e localidades onde a fauna pode ser encontrada.
Ah, não esqueça de fotografar os animais que encontrar pelo caminho e publicar aqui no Biofaces. 🙂