Parques Nacionais do Mundo – fotografe na Região de Magalhães da Patagônia Chilena
Todo mês, o Biofaces aborda um Parque Nacional do Brasil, ambientes singulares, ricos em biodiversidade e logo, ótimos para fotografar a vida selvagem. Neste mês, decidimos ampliar a nossa abordagem. Inspirados pelo tema da nova minissérie do Netflix: “Os Parques Nacionais mais Fascinantes do Mundo”, iremos falar sobre os melhores Parques Nacionais do Mundo para fotografar a vida selvagem!
Nesse texto, iremos passear pelos Parques Nacionais da Patagônia Chilena, mais especificamente, da região de Magalhães. O ambiente conta com paisagens extremamente diversificadas, que enchem de luz os nossos olhos. Continue acompanhando e inspire-se nesse tour de biodiversidade!
Antes de tudo: a nossa fonte de inspiração
A recente e fascinante minissérie do Netflix: Os Parques Nacionais mais Fascinantes do Mundo é narrada pelo Barack Obama e conta com uma temporada. Até então, já foram lançados 5 episódios.
O primeiro faz um passeio breve pelas várias maravilhas do mundo, nos enchendo de admiração por cada canto do planeta. O segundo, inspiração para este texto, mostra um pouco dos Parques Nacionais distribuídos na Patagônia Chilena. O terceiro episódio, o Parque de Tasvo, no Quênia, o quarto, o Santuário Marinho Nacional da Baía de Monterey, nos Estados Unidos e até então, o último lançado, o Gunung Leuser, Parque na Indonésia.
Indicamos que vocês assistam cada um deles, e acredite, você não vai querer parar no primeiro. Então já se programe para tirar um tempinho (especificamente, 4 horas e 19 minutos) para assistir e fazer uma boa pipoca!
A maravilhosa Patagônia
Primeiro, vale lembrar o que é a Patagônia: uma região no extremo sul da América do Sul, localizada no Chile e na Argentina. Formada por paisagens de tirar o fôlego, na Patagônia você encontra desde ambientes desérticos, congelados a até mesmo, florestas.
Tanto a parte argentina, quanto a chilena são incríveis e merecem ser visitadas. Mas por uma característica em especial que a chilena tem (vocês verão em breve) vamos focar nela!
Patagônia Chilena: Região de Magalhães e seus Parques Nacionais
A Patagônia Chilena é dividida em várias regiões e conta com 42 Parques Nacionais! Com tanta diversidade, decidimos abordar neste texto, uma delas: a famosa Região de Magalhães e algumas de suas áreas protegidas.
A Região de Magalhães é famosa principalmente pelo Parque Nacional Torres del Paine, considerado a oitava maravilha do mundo. Neste Parque, é possível ver imensas torres de granitos, geleiras e um cenário estonteante.
Entre seus vales gelados há pradarias, repletos de biodiversidade: guanacos e onças-pardas estão entre os mais famosos. Também moram ali as raposas-coloradas, raposas-cinzentas, zorrilho (animal do mesmo gênero que a jaritataca) e tatus. Já as aves mais famosas são as águias-serranas, condores, tentilhão-da-serra-com-capuz-cinza (um Thraupidae, nativo da região) e flamingos. A visitação é possível durante o ano todo.
Também é permitida visitação o ano todo, no Parque Nacional Alberto de Agostini. Terceiro maior do país, ele é considerado uma Reserva da Biosfera.
Ao menos 108 espécies vivem ali, como elefantes marinhos, focas leopardos e lobos marinhos sul americanos.
Outros Parques espetaculares da Região de Magalhães e que também podem ser visitados, esses, somente entre os meses de outubro e abril, são:
Bernardo O’Higgins: com cerca de 3 milhões e meio de hectares, é o mais extenso do Chile e um dos maiores do mundo. Destaca-se em sua paisagem, várias geleiras, e entre elas, a maior do Hemisfério Sul: a Pío XI. Sobre a fauna, uma das maiores populações de cervos sul andinos vivem lá. Além de várias outras espécies como lontras do rio sul, lontra felinas, pinguins e outras aves aquáticas, onças-pardas, raposas-coloradas e cinzentas e condores.
Cabo de Hornos: aqui, a fauna marinha também domina: lobos, focas e leões marinhos, baleias, golfinhos do sul e chileno, gaivota dominicana, albatrozes e petréis gigantes são os mais famosos. Nela é possível se deparar com florestas subantárticas e com o encontro das águas dos oceanos Atlântico e Pacífico.
E por fim, com uma paisagem ainda mais diversa, temos o Pali Aike: crateras, cavernas, cones vulcânicos em um ambiente singular.
A fauna não fica para trás, guanacos, tatus, ñandus e raposas ocorrem ali.
Já deu para ver que essa região esconde MUITA natureza e cenários de filmes, né? Nos próximos blogs, vamos explorar as regiões dos Lagos e de Aisén. E.. sabe por quê? Porque as duas, junto à região de Magalhães, somam 17 Parques Nacionais que podem ser visitados de uma só vez! Isso mesmo! Essa é uma das grandes peculiaridades da Patagônia Chilena!
Como forma de integrar essas paisagens deslumbrantes e preservadas do Chile, foi criada a Rota dos Parques. Com cerca de 2.700km, a rota passa por 17 Parques Nacionais das regiões de Magalhães, dos Lagos e de Aisén, que contabilizam 28 milhões de acres preservados.
Por trás de tanta conservação, tem um GRANDE projeto!
A Tompkins Conservation é uma grande instituição que compra terras no Chile e na Patagônia e as devolve aos governos, em formas de Parques Nacionais. Ainda como iniciativa, eles têm projetos de refaunação: Rewilding Chile e Rewilding Argentina, que solta com monitoramento nas áreas dos Parques, animais que foram extintos localmente ali.
Falando assim, já vemos a grandeza de suas ações, mas em números, esse trabalho é ainda mais chocante (positivamente): dos 42 Parques Nacionais que o Chile possui, 10 foram criados ou expandidos pela Tompkins Conservation. Em seu trabalho no Chile e na Argentina, a instituição já preservou mais de 15 milhões de acres, ou seja: quase 9 milhões de campos de futebol.
Bom, não para por aí, a Rota de Parques da Patagônia Chilena também é um projeto deles: afinal, eles sabem que para preservar é preciso conhecer, então eles estimulam a fundo o turismo ecológico. E quem não gostaria de fazer essa rota? FANTÁSTICA! Clique aqui para explorar este trabalho espetacular.
E aí, deu vontade de se aventurar nas paisagens e biodiversidade desse ambiente? Se for, não esquece em, coloca seus registros no Biofaces!
Texto por: Jéssica Amaral Lara
Revisado por: Gustavo Figueirôa