Dia Mundial da Baleia: saiba tudo sobre o gigante aquático

Em 19 de fevereiro de 1986, a IWC (Comissão Baleeira Internacional) proibiu a pesca comercial das baleias em diversos países e, consequentemente, o comércio da carne desses animais. Então, mesmo que haja um data especial para o mamífero em 23 de julho, o terceiro domingo de fevereiro também ganhou um significado especial, levantando a bandeira da importância de conservação do gigante aquático.

Não existe forma melhor de promover a proteção deste animal, do que munindo as pessoas de informações e promovendo a educação ambiental. Portanto, confira a ficha completa do maior mamífero do mundo.

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA

As baleias fazem parte da ordem Cetacea, que compreende mamíferos como baleias, golfinhos e botos. Ela é composta por duas subordens: Mysticeti, que engloba as baleias-verdadeiras, também conhecidas como baleias-de-barbatana; e a Odontoceti, que abrange os golfinhos e as “baleias” de dentes. 

Apesar de muitas pessoas englobarem ambos na denominação “baleia”, alguns estudiosos defendem que apenas os misticetos podem ser chamados de baleias. 

Baleia-franca-austral (Eubalaena australis) | Foto: Marcio Lisa/Biofaces

 

SOBRE OS CETÁCEOS 

Esses animais são originários da ordem Artiodactylas, que surgiu há cerca de 50 milhões de anos! Eles apresentam características típicas do grupo de mamíferos, como a amamentação e corpo endotérmico (fonte de calor interna). No entanto, sofreram algumas adaptações evolutivas no decorrer dos anos, para viver bem no meio aquático. Dentre essas adaptações, destacam-se o corpo hidrodinâmico, membros anteriores modificados em nadadeiras e ausência de pelos no corpo, fatores que reduzem o atrito com a água e facilitam a movimentação.

A respiração dos cetáceos é pulmonar. Ou seja, eles têm a necessidade de subir até a superfície para extrair o oxigênio da atmosfera. Quando mergulham, conseguem ficar longos períodos sem respirar. Possuem sistema circulatório e respiratório mais eficientes do que outros mamíferos, ou seja, em profundidade o batimento cardíaco cai e há menor gasto de oxigênio, além de terem o dobro de eritrócitos e hemoglobina para o transporte de oxigênio.

Outra característica relevante é a existência de uma camada espessa de gordura subcutânea, que auxilia na flutuação e ajuda na manutenção da temperatura corporal. 

 

SOBRE AS BALEIAS 

As baleias podem ser facilmente reconhecidas pelo seu tamanho. A baleia-azul (Balaenoptera musculus), por exemplo, que é o maior animal do mundo, pode chegar a 33 metros de comprimento e até 140 toneladas! 

Elas costumam se comunicar por meio de vocalizações e usam a ecolocalização para se orientar no oceano. Depois dos primatas, existem espécies que são consideradas as mais inteligentes entre os mamíferos!

Por tratar-se de um animal com diversas espécies diferentes e características distintas, é complicado saber a idade exata que alcançam, mas há registros com espécies que vivem perto dos cem anos! 

 

Alimentação

As baleias-de-barbatana recebem esse nome por conta das estruturas que lembram cerdas no lugar dos dentes. Essa característica auxilia na alimentação dos mamíferos, que consiste na filtragem da água para captura de pequenos plânctons. Elas enchem a boca de água, depois a fecham, expelindo a água pelas barbatanas. Assim, as estruturas funcionam como verdadeiros filtros, retendo o alimento dentro da boca.

 

Reprodução

Cada espécie apresenta um padrão diferente. Mas, a maioria das espécies tem uma única estação reprodutiva por ano. As fêmeas acasalam, geralmente, com mais de um macho por período e as gestações duram de 10 a 17 meses. 

Mamãe e filhote de baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) | Foto: Leonardo Merçon/Biofaces.

Os filhotes costumam nascer nas estações mais quentes e já saem nadando. Ficam sob os cuidados da mãe de seis meses até aproximadamente 2 anos. 

 

Status de Conservação

A maioria das espécies encontram-se ameaçadas de extinção, principalmente por conta da caça predatória, que utiliza a gordura, carne, ou barbatanas do animal para comercialização. Infelizmente, a baixa taxa reprodutiva, aliada à caça intensa, não facilitam a recuperação das populações.

Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) | Foto: Liliane Lodi/Biofaces.

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