Urso-polar: conheça melhor o animal símbolo do Natal

O Urso-polar (Ursus maritimus) é um animal de clima extremamente frio, muito distante da realidade tropical brasileira. Ainda assim, é um dos primeiros – senão o primeiro – animal em que pensamos  quando o assunto é Natal. Talvez tenha alguma influência do marketing de refrigerante de cola, é verdade. Mas, o importante é conhecer e celebrar um dos animais mais encantadores do mundo! 

 

Foto: John Janzen/Biofaces

 

FICHA ANIMAL 

 

O Urso-polar, também conhecido como Urso-branco, é um mamífero da família Ursidae, que pode ser encontrado com maior facilidade no Círculo Polar Ártico. Adaptado para viver em regiões de baixíssimas temperaturas, o animal possui características bastante particulares, como o aperfeiçoamento do nado para caçar focas. 

Muitos pesquisadores o consideram um mamífero marinho, já que vive em regiões com blocos de gelo no oceano. Daí o nome da espécie: Ursus maritimus.

 

Características físicas 

Os ursos-polares podem medir até 1,63 metros a partir do ombro; 2,5 metros de comprimento do focinho até a cauda e pesar até 800 kg! É o maior dos ursos e a maior espécie de carnívoros terrestres. 

Possuem uma espessa pelagem dividida em duas camadas, para auxiliar no isolamento térmico. Além disso, também apresentam uma camada de gordura, essencial para manter a temperatura corpórea constante, mesmo em ambientes tão gelados. 

Suas patas dianteiras são largas, como um remo, para auxiliar no nado. Também são cobertas com pelos para facilitar a caminhada sobre o gelo.

 

Foto: John Janzen/Biofaces

 

Alimentação

A principal presa do urso-polar é a foca-anelada (Pusa hispida), mas também pode comer ovos, peixes, aves, vegetação e pequenos mamíferos. Durante o verão, quando o gelo retrai, alguns ursos seguem o gelo, viajando centenas de quilômetros para manter sua fonte de alimento primária. 

Apesar de serem ótimos nadadores, eles costumam caçar as focas na interface entre gelo e água. Normalmente, começam a comer pela pele e gordura, que é a parte de alto teor glicêmico, já que precisam estocar reservas energéticas durante o inverno.

 

Reprodução 

Os ursos são animais poligâmicos. O acasalamento ocorre no final do inverno e início da primavera, mas a implantação do óvulo fecundado é retardada até o outono.

A gestação pode durar até 265 dias. Durante esse período, a fêmea costuma duplicar seu peso, absorvendo maior reserva energética. Os machos que cruzam com fêmeas e seus filhotes tentam matá-los, então, a tendência é que as mães evitem esses encontros.

Os filhotes nascem com cerca de 600 gramas, medindo de 30 a 35 centímetros e com os olhos fechados. Em abril, saem das tocas com quase 15 kg e continuam com a mãe até os dois ou três anos de idade. 

 

Foto: Claudia Brasileiro/Biofaces

 

Distribuição

Como dito anteriormente, o animal é encontrado no Círculo Polar Ártico e em áreas continentais adjacentes. Sua distribuição inclui territórios em cinco países: Dinamarca (Groenlândia), Noruega (Svalbard), Rússia, Estados Unidos (Alasca) e Canadá. Os limites meridionais de sua distribuição são determinados pela disposição anual do gelo flutuante e do gelo permanente durante o inverno.

 

Status de Conservação

Hoje, a espécie é considerada como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza e Recursos Naturais (IUCN). Entre as principais ameaças à sua existência estão: a exploração de petróleo em seu habitat, contaminação com poluentes, caça predatória e, principalmente, as mudanças climáticas, que levam ao derretimento do gelo. 

 

Foto: John Janzen/Biofaces

 

Agora que você já sabe mais sobre os hábitos e comportamento do animal símbolo do Natal, que tal aventurar-se em uma viagem aos lugares mais gelados do planeta para fotografá-lo? Não esqueça de publicar seus registros no Biofaces e encantar a todos com imagens deste animal tão incrível!

 

 

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